Convocação jovem da França gera críticas
A decisão de levar uma seleção francesa jovem e com pouca experiência para enfrentar os All Blacks em julho tem gerado polêmica na Nova Zelândia. Especialistas da mídia esportiva local colocaram em dúvida a validade de convidar os franceses para os três testes no Hemisfério Sul, considerando a ausência dos principais jogadores da equipe europeia. O grupo francês conta com menos de 10 partidas internacionais, e oito dos 23 atletas escalados para o confronto de sábado farão sua estreia oficial.
Lendas neozelandesas desapontadas
Ex-jogadores dos All Blacks expressaram frustração diante do elenco francês. Justin Marshall, ex-meia de formação, declarou ao programa “The Breakdown” que ficou “realmente decepcionado”, afirmando que os franceses frequentemente evitam levar seus melhores atletas. “É uma falta de respeito à janela internacional. Se não trazem seus principais nomes, como acontece com frequência, não deveriam ser convidados”, disse Marshall.
Na mesma linha, o colunista do New Zealand Herald, Gregor Paul, classificou a equipe francesa como “enfraquecida” e criticou a ausência de um verdadeiro duelo. A questão já havia sido levantada em novembro passado, quando os All Blacks enfrentaram um Stade de France lotado com sua formação principal, o que garantiu uma grande receita para a federação francesa.
Estrutura modesta para a série de testes
Desta vez, os três jogos ocorrerão em estádios bem menores, como o Forsyth Barr Stadium, em Dunedin, com capacidade para 30 mil pessoas. Não haverá partida no tradicional Eden Park, em Auckland. A federação francesa também recusou a proposta de realizar um dos testes nos Estados Unidos, como a Nova Zelândia fez com a Irlanda, justificando a decisão com a preservação da saúde dos atletas.
Jogadores mantêm cautela e esperam surpresas
Apesar da pressão da mídia, jogadores locais e o técnico dos All Blacks, Scott Robertson, adotaram um tom mais comedido, ressaltando que o time francês, mesmo jovem, pode surpreender. A prudência se impõe diante do histórico imprevisível da França no rugby internacional.
Atividades dos franceses em Dunedin
Enquanto os 23 atletas escalados para o primeiro teste ficaram concentrados no hotel em Dunedin para sessões de vídeo e treino leve no estádio, os demais jogadores realizaram um amistoso na manhã de sexta-feira contra jovens da província de Otago. Entre os que participaram estavam Brennan, Barassi, Bochaton e Depoortère, que integraram recentemente o grupo após a final do Top 14.
Atletas preservados e trabalho específico
Apenas 15 dos 19 jogadores presentes participaram do amistoso. Bastien Vergnes-Taillefer e Marius Domon, recém-chegados à Nova Zelândia, foram poupados e devem se integrar aos treinos nos próximos dias. Já Théo William, com um leve desconforto físico, também foi preservado.
Por outro lado, o jogador Léo Barré realizou um trabalho físico intenso à margem do campo, com foco em corridas, recepção e chutes. Barré se recupera de uma lesão sofrida na Inglaterra duas semanas atrás e desembarcou no país na quarta-feira, ao lado de outros finalistas do campeonato francês.
Dan Carter também comenta ausência de Dupont
Em meio às discussões, o ídolo neozelandês Dan Carter também se manifestou, destacando a falta que Antoine Dupont faz à seleção francesa. A ausência do meia-armador, considerado um dos melhores do mundo, reforça ainda mais a sensação de que o XV de France chegou com um elenco abaixo do esperado para enfrentar os tricampeões mundiais.
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