O cenário para o clássico deste sábado (15h30, horário local) no Borussia-Park dificilmente poderia ser mais desigual. O Borussia Mönchengladbach, mergulhado na última posição da tabela e ainda sem nenhuma vitória na temporada, recebe o líder Bayern de Munique, que segue com 100% de aproveitamento. É um duelo entre o primeiro e o último, o atual campeão contra um candidato ao rebaixamento. Para o Gladbach, que não vence há 14 jogos, a pressão é imensa, mas a lógica diz que há pouco a perder.
Polanski Exige “Virtudes Básicas” Contra o Favorito
Diante da “tarefa gigantesca”, o técnico Eugen Polanski aposta na leveza e na confiança. Ele sabe que ninguém espera uma vitória dos “Potros”, mas exige de sua equipe empenho incondicional e coragem nas divididas. “A tarefa não é fácil, sabemos o embalo em que eles estão”, disse Polanski, referindo-se à sequência de 12 vitórias consecutivas do Bayern em todas as competições (16 jogos de invencibilidade).
“Eu exijo vontade absoluta de revidar e de se defender apaixonadamente. É assim que encontramos o caminho no jogo. É preciso aceitar as disputas de bola, tentar quebrar o ritmo deles. Essas são as virtudes básicas de qualquer jogo e são indispensáveis para conseguir competir contra o Bayern”, declarou o atual comandante do Borussia.
A Lenda Stindl: O “Algoz do Bayern”
Se há alguém que sabe como surpreender o gigante da Baviera, é Lars Stindl. O ex-capitão do Gladbach foi questionado sobre como se tornar um “Bayern-Besieger” (algoz do Bayern). Em sua carreira, Stindl venceu o clube nove vezes pela Bundesliga, além de uma vitória histórica por 5 a 0 na Copa da Alemanha. Na história da Bundesliga desde 1963, apenas seis jogadores conseguiram mais vitórias contra o Bayern.
Stindl, claro, estava presente como capitão na última vitória do Gladbach sobre o Bayern, em fevereiro de 2023, marcando inclusive o primeiro gol no triunfo por 3 a 2. Desde então, sem ele, o time acumulou quatro derrotas seguidas contra o rival.
A Fórmula Secreta que Não Existe
Questionado sobre o segredo, Stindl foi direto: “Sinceramente, não posso dar uma fórmula, não consigo atrelar nossos sucessos com o Gladbach a nada específico. É simplesmente uma estatística legal. Sempre dependeu muito da forma do dia, nós sempre fizemos muita coisa certa – e talvez o Bayern nem sempre tenha tido o seu melhor dia.”
Esperança de uma Nova Zebra?
Ainda assim, Stindl acredita que uma surpresa é possível. “O Borussia sempre mostrou no passado que pode transformar esses jogos em partidas especiais. É preciso dar tudo de si, inflamar a torcida no Borussia-Park. E torcer para que o Bayern tome uma ou outra decisão errada – aí algo pode acontecer.”
Contudo, ele faz uma ressalva importante: “Mas é preciso dizer: a forma atual do Bayern é assustadora. Vai ser muito difícil vencê-los este ano. E isso não vale só para o Borussia, mas para todas as equipes.”
Nova Gestão e a União como Chave
Uma novidade para o jogo será a presença do novo diretor esportivo, Rouven Schröder, no banco de reservas, ao lado de Polanski. Após assistir ao último jogo das tribunas, ele agora ficará mais próximo do campo. Schröder, que está começando a conhecer a equipe, vê no grupo uma boa mistura de “leveza e foco”, que espera ver transferida para o jogo.
O “Head of Sports” do Gladbach sabe que, no sábado, a “boa impressão e a performance” podem ser mais realistas que os pontos. “Precisamos de uma união total, especialmente contra o Bayern. O ambiente precisa sentir isso, os torcedores precisam sentir isso”, disse Schröder. Embora o Gladbach (29 vitórias) seja historicamente o segundo time que mais venceu o Bayern (atrás apenas do Frankfurt, com 30), a estatística recente não é animadora.
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